quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Os Desafios do novo Congresso ( Por Alexandre Garcia )

Três ex-presidentes, vários ex-governadores, um ex-cara pintada e na Câmara quase a metade dos deputados estreando no mandato. O que podemos esperar deste novo Congresso? Tomara que sejam novidades, e não a mesmice piorando. Que os novos não se contaminem com os erros do passado, como tem acontecido.

Na terça-feira (1º), por exemplo, o deputado Romário reclamou do assédio para fotos alegando que não podia ouvir quem falava ao microfone. Tomara que ele não se acostume a conversar e a ler jornal enquanto alguém defende no palanque um ponto de vista.

José Sarney, o veterano, promete o novo sobre o velho: que o último mandato será o seu melhor mandato em quatro no Senado. Assim, tomara que o novo Parlamento contrarie o bordão de campanha do mais aplaudido dos deputados no dia da inauguração da Legislatura, o Tiririca: “Até pode melhorar”.

O governo foi vitorioso nas duas casas. Na Câmara, passou com folga pelo teste da “síndrome severina”. Pelos números, vai confirmar o salário mínimo em R$ 545. Os R$ 580 vão ficar para marcar posição, como se diz na linguagem sindical.

Com discrição, a presidente Dilma Rousseff entrou sem entrar para conseguir o resultado que interessa ao governo. O vice-presidente Michel Temer, pelo PMDB, e Antonio Palocci, pelo PT, agiram com naturalidade para ajudar Marco Maia. A presidente Dilma evitou declarações de vitória. Ganhou sem palanque. Foi discreta, como no Supremo.

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